quinta-feira, 4 de julho de 2013

A derrota do Galo na visão de uma atleticana..

Newell’s Old Boys 2x0 Atlético Mineiro
(por Gabriela Spinola)



Não gosto de derrotas.
A grande verdade é que ninguém gosta, claro, isso é uma das leis básicas da vida. Mas a derrota que o Atlético Mineiro sofreu ontem foi particularmente desgostosa - e isso, levando-se em conta que foi esse o time que me ensinou a aceitar que a vida é basicamente feita de derrotas.
Pra começar, cheguei atrasada. Sentei-me em frente à televisão quando a partida já mostrava quinze minutos de duração, mas ao meu ver eles ainda poderiam estar no aquecimento. A primeira frase que meu cérebro formulou foi "mas que raios é isso?" (ou algo bem menos elogioso), porque, verdade seja dita, o Alvinegro parecia mais estar enfeitando o campo que lutando para conquistá-lo. Concluí que, se não fôssemos ganhar, pelo menos não iríamos perder... Errei.
As atuações foram tão inibidas, quase envergonhadas e entediadas, que me fizeram questionar em voz alta (e mais de uma vez) o que foi que o resto do time ficou fazendo da vida enquanto Bernard e Jô figuraram na Copa das Confederações. O Galo ia, rapidamente, perdendo espaço e deixando - isso mesmo, deixando! - que o Newell's Old Boys (eita nominho difícil) avançasse sem dó. Algumas defesas de Vitor, atualmente quase um ninja, não foram o suficiente para impedir que o time brasileiro tomasse dois gols (que me doeram como tapas na cara) e tivesse o seu gol anulado por um impedimento que surgiu do Tártaro.
A inércia da equipe como um todo, no entanto, não desvaloriza o esforço concreto de alguns. Luan, por exemplo, tomou um cartão amarelo e temi que fosse dar algum barraco de novo, mas mostrou-se prestativo e esforçado, um reflexo do desespero e medo de serem desclassificados que pairava sobre a equipe e toda a torcida. Bernard estava, quase sempre, na hora certa e no lugar certo, mas parecia ter incorporado o espírito de uma pipoca , quando as coisas esquentavam, ele pulava (não mais que o Richarlysson, mas enfim). Ronaldinho não fez nada demais, mas vejo nele o mesmo desejo de toda a equipe e torcida: o título, a todo custo, após 42 anos de "seca".
Enfim, só nos resta aguardar a próxima quarta-feira, para confirmar se continuarão na luta pela Taça Libertadores, ou não.

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