sábado, 21 de junho de 2014

Amor à distância no futebol: Grêmio.

          Bom, primeiramente gostaríamos de dizer que os torcedores gremistas deram um show! Todos muito simpáticos e dispostos a participar do blog e contar um pouquinho de sua história para nossos leitores. Assim que a série "Amor à distância no futebol" foi divulgada pelas principais páginas do time (Obrigada, pessoal!), muitos gremistas já entraram em contato com a gente. Foi maravilhoso!
           Tive (eu, Amanda) a oportunidade de morar (poucos meses, ok) no Rio Grande do Sul e vi de perto esse amor tão incrível da torcida tricolor. Queria agradecer aos quatro gremistas que mandaram seus ótimos relatos aqui pro blog e avisar você, leitor, que vale a pena ler tudo!

            
(OBS.: A falta de recuos é um oferecimento Blogspot. Criaremos vergonha na cara e vamos virar um site em breve)

            Sem mais enrolação, vamos para os relatos:

 Marcos DutraLatacunga - Equador 



"Sou Marcos Dutra de Miranda. Nasci em São Jerônimo - RS. Morei grande parte da minha vida em Guaíba - RS e 9 anos da minha vida em Latacunga no Equador a quase 7000km de Porto Alegre.

Conheci o Grêmio quando eu era muito pequeno. Aos meus 6 anos de idade, em uma ida de férias ao Brasil, meu tio me presenteou com uma camisa do Grêmio e desde aí sou Gremista fanático. Aprendi esse fanatismo do meu tio Almir Dutra, um dos Gremistas mais apaixonados que eu conheço.

É bem complicado morar longe do estado do seu time, ainda mais em outro país, pois não se pode nem fazer aquela corneta com o rival depois do jogo. É difícil não poder ir ao estádio e não poder alentar de perto o meu Grêmio. 

Eu me sinto muito bem torcendo por um time de tão longe, a distância parece que faz eu torcer com mais vontade ainda pelo meu Tricolor. As pessoas aqui no Equador não tem nenhum preconceito com isso, mais que isso, quando descobrem que somos brasileiros (somos: tenho dois irmãos. Os três irmãos são Gremistas) e descobrem que somos Gremistas nos falam muito bem do Grêmio e conhecem a grande história de vitórias do Clube.

A vontade de voltar ao Rio Grande do Sul é grande sempre, morei lá toda a minha adolescência e início de juventude e ia ao estádio com frequência. Alentava, gritava e apoiava muito de perto ao Grêmio e fui ao Brasil de férias para conhecer a nossa nova casa, a Monumental ARENA DO GRÊMIO.

Fui a um jogo que o Grêmio veio jogar aqui em Quito contra a LDU. Fomos com um amigo torcedor da LDU e fizemos ele entrar na parte da torcida do Grêmio para ele ver que mesmo longe e em poucos a torcida Gremista apoia sempre. 

Fui ao jogo Grêmio x Goiás na Arena. Vi meu Grêmio ganhar, vi Barcos fazer um gol e comemorei a vaga a Libertadores antes de voltar ao Equador.

Meu sonho é que o Grêmio levante o Tri da Libertadores e o Bi mundial em 2014 e, se Deus me permite, ir na final da Libertadores na Arena comemorar essa conquista. Dale Grêmio, contigo no Brasil, Equador ou até na China. Saudações Tricolores aos Gremistas que nunca param de alentar, mesmo estando em outro estado ou país."

Thainá OliveiraItaperuna, RJ - Brasil 



"Minha paixão pelo Grêmio é bem paixão de louco mesmo, até eu fico me perguntando às vezes o sentido disso, minha família acha que eu sou uma garota que não entende nada de futebol e fala que sou gremista às vezes até pela cor da camisa ou por um jogador bonitos (risos), sofro preconceito às vezes com isso..

Moro no interior do Rio, Itaperuna, ou seja, estou muitooooo longe do SUL e mesmo assim o meu coração está lá, pois o meu amor pelo tricolor gaúcho é incondicional.

Tudo começou quando eu tinha 12 anos, meu pai flamenguista fanático vendo o campeonato brasileiro, e eu sem entender nada de futebol fui acompanhando aquela partida, a partir daí eu comecei a criar um amor louco pelo Grêmio e meu pai ficou puto, pois naquela casa só deveria ter flamenguista.

Então eu comecei a assistir todos os jogos, acompanhar tudo, pesquisei sobre tudo e me apaixonava cada vez mais pelo Grêmio, quando todos estavam fazendo churrasco vendo o campeonato carioca eu ficava lá trancada no quarto sem tirar o olho do GRENAL, gritos fanáticos que os vizinhos ficavam achando que tinha uma psicopata dentro de casa. 

6 anos que sou gremista fanática e meu amor pelo Grêmio será eterno, mesmo nas derrotas sempre serei tricolor, a única coisa que me impede de morar no sul é o frio, sou louca por praia, sol, cerveja gelada, roupas curtas, a noite do Rio, mas morro de vontade de conhecer o sul, conhecer a Arena, conhecer alguns lugares, sair um pouco por essa cidade tão maravilhosa!!

Meu sonho é assistir um GRENAL e espero realizá-lo em breve."

Marcus Vinícius Garcia, São Paulo, SP - Brasil




(Marcus mandou um super texto até com título -wow- e nos entregou: deu pra ver que pedimos os textos no final de abril e estamos postando agora =/)

"Paixão em azul, preto e branco
 Por Marcus Vinícius Garcia

O que faz amar um time, as cores, o estilo de jogo, o canto da torcida? Na verdade eu não lembro como eu passei a gostar das cores azul, preto e branco, mas a influência sim.

Graças ao meu pai tive muitas influências. Por causa dele, me tornei fã de automobilismo, mais precisamente de Fórmula 1 – numa época que Ayrton Senna era o cara –, de rádio e do Grêmio.

Eu nasci numa época que o maior rival conquistava o tricampeonato brasileiro invicto, mas aos três anos de idade eu já era campeão do mundo.

Desde pequeno frequentava o Estádio Olímpico, meu pai era sócio e me levava em alguns jogos. Cresci vendo nomes como: Renato, Cuca, Assis, Valdo, Danrlei, Adilson, Mauro Galvão, Dinho, Roger, Carlos Miguel, Paulo Nunes, Jardel, Zinho. Na minha adolescência, eu vi o Grêmio atropelar todo mundo, contra tudo e contra todos, sendo campeão da Copa do Brasil por quatro vezes, bicampeão da América, bicampeão brasileiro, campeão da Recopa, e vários títulos regionais vencendo o Inter. Ser gremista na época era bom demais, era fácil.

Mas o Grêmio, assim como todo o clube tupiniquim, sofre com o amadorismo de nossos dirigentes e do nobre comando do futebol pentacampeão, e pagou caro por isso sendo rebaixado por duas vezes.

Deixei a capital dos gaúchos em outubro de 2002, com destino a São Paulo em busca de um grande amor (que não era futebol). Apesar de sofrer com a distância da família, dos amigos, a distância do time do coração também apertou no peito. Sempre acompanhava os jogos no estádio, e a mudança foi difícil de se adaptar.

Sem condições de bancar uma TV por assinatura, e sem internet, eu ouvia os jogos no radinho, na rua para ter um sinal melhor, com dificuldades, mas de alguma forma não deixava de acompanhar as partidas do time. Sorte a minha que não tive que fazer isso num dia chuvoso.

A distância dificultava, pior ainda não podendo torcer no estádio, onde ia na maioria das vezes sozinho, seja com frio cortante do inverno, seja com calor do Saara no verão.

Muitas pessoas, amigos meus, paulistanos, tentavam me convencer a mudar de camisa. “Que Grêmio!? Time pequeno, do sul. Torce para os times mais populares do país que estão aqui!”, diziam. Nunca cogitei isso, e sempre debati sobre o assunto, respeitando as opiniões.

Nunca deixei de me inteirar sobre as notícias do time, sabia de tudo que saia na imprensa. Hoje tenho condições de ser sócio, de ter pacote “Premiere” na TV, internet, ajudando e prestigiando o time a mais de 1200 km de distância.

Já assisti muitas partidas do Grêmio em São Paulo. Tanto na torcida gremista, como visitante, quanto na torcida adversária. – com algumas vitórias, comemorando calado, sem poder expressar a alegria de ver o Grêmio superando o adversário. Uma sensação estranha, mas satisfatória. Parecia que estava fazendo algo proibido, e prazeroso.

Graças ao Grêmio conquistei muitos amigos, que viraram parceiros nos jogos, nos debates, e infelizmente nas decepções. Faz 13 anos que o time não conquista algo relevante, um título de grande expressão. Estou há 12 anos vivendo em São Paulo, e nenhuma vez vi o tricolor gaúcho conquistar um campeonato de peso. Tive duas oportunidades de ver o Grêmio campeão em 2007 e 2008, com a Libertadores e o Brasileirão. Derrotas para o Boca, e São Paulo respectivamente.

Tudo bem, eu vi o time superar as dificuldades em 2005, com 7 jogadores em campo e derrotar o Náutico nos Aflitos, em Recife, por 1x0, numa das partidas mais épicas que eu já acompanhei. Mas o título da série B era obrigação e pouco demais para um clube gigante.

Atualmente o Grêmio vem colocando a minha paixão, a minha fidelidade á prova. Ontem (30 de abril de 2014), o time mais uma vez desapontou o seu fiel torcedor com mais um fracasso. Eu já tinha escrito mais da metade deste texto e fiquei tentado a não terminar. O futebol traz estes sentimentos, de amor, ódio, decepção, tristeza. A cada derrota, eu perdia as esperanças, e hoje o medo de acreditar e ficar pelo caminho aumenta e segue por 13 anos (e contando).

Já pensei em largar de mão, deixar de lado esta paixão pelo futebol gremista. São gestões ridículas, decepcionantes, times fracos, técnicos incompetentes. Motivos tem de sobra, mas a paixão pelo clube, pelas cores, pela camiseta falam mais alto. Por isso que eu nunca abandonei o Grêmio, onde ele estiver."

Stéphane DominguezBrie-Comte-Robert - França


 
(Stéphane Dominguez na Notre Damme de Paris‏)

                                
                                                     (Stéphane Dominguez no Estádio Olímpico‏)

"É com o maior prazer que vou tentar explicar meu amor pelo TRICOLOR GAÚCHO, Grêmio, desde pequeno e sendo francês. Sou francês nascido na cidade de Niort perto de Bordeaux e com 4 anos meu pai foi trabalhar no Brasil e levou toda família junto. Cheguei ao Brasil no dia 24/12/1974 e fui morar direto em Porto Alegre até o ano de 1988!! Desde criança e até hoje dois times dominam o futebol Gaúcho: Grêmio e Internacional......e a minha escolha foi o Grêmio !!! Por que escolhi o Grêmio?! Difícil de dizer, meu pai é espanhol e minha mãe era suíça e eles não me deram nenhuma influência e quando "gurí" o Falcão morou no meu prédio e poderia ter me influenciado, mas as cores do Grêmio foram mais fortes!!

A maior dificuldade de morar longe de POA e do Grêmio é não poder assistir aos jogos na Arena, mas ainda bem que com a internet podemos ter as notícias "ao vivo"!! A distância às vezes pesa, mas o amor pelo Grêmio fica intacto e diria ainda mais forte!!! Mesmo se aqui na França eu torço pelo PSG, meu time de coração que me faz vibrar, me fez chorar de alegria e tristeza é o Grêmio. Aqui na Europa as pessoas são tolerantes, pouco importa qual time você torce, eles respeitam (tem uma minoria que é radical e que não respeita, mas são poucos).

No futuro gostaria de voltar a morar no Brasil e, é óbvio, ver os jogos do Grêmio, ser Sócio e seguir de mais perto o dia a dia do meu time do coração........ mas por enquanto minha vida está aqui na França, mas como vou a Porto Alegre umas 3 vezes ao ano de férias aproveito pra ver jogos do Grêmio ........e em junho vou ver a França jogar contra o Honduras em POA!! 

Pra terminar gostaria de dizer que se eu amo o futebol, mesmo com toda essa violência, esse dinheiro colossal, falta de amor aos clubes pelos jogadores etc, é por causa do Brasil, Rio Grande do Sul e principalmente do Grêmio e é por esta última razão que gostaria de ver meu IMORTAL TRICOLOR ganhar um grande título porque já faz 13 que estou esperando pra soltar meu grito de alegria............ :-)

Abraços IMORTAIS 
Stéphane Dominguez"

~FIM~

            P.S: Ótimos textos, cheios de emoção e paixão pelo Grêmio, né? 

           Aviso final: tem mais da série "Amor à distância no futebol", aguarde o próximo e último post com mais relatos de torcedores! 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

É COPA!!!!

 Dia 12 de junho é dia de que? Dia dos namorados? NÃÃÃO! É dia de Copa, meu irmão! Você que tem namorado(a), que me desculpe, mas o assunto hoje é só um: World Cup!
Sim, percebam o entusiasmo. Copa do Mundo é tipo um paraíso pra quem ama futebol. Aquela velha overdose de jogos, três jogos seguidos num dia (amanhã, por exemplo. Óbvio que muitos amantes do futebol ficarão jogados no sofá apenas apreciando a redonda rolar).
Copa, que maravilha, adoro! Aquela coisa toda. Vários países, um espetáculo do futebol, o evento mais aguardado, mais comentado, mais “WOW”. Gente gringa no país, gatos gringos entre nós, jogadores gatos gringos entre nós, melhor do mundo entre nós (beijo CR, a gente te ama!). E o melhor de tudo? É aqui no Brasil, minha gente!!!
Sem pensar duas vezes, podemos afirmar que essa já é a Copa da Zuera!

A aberturazzzzzzz:
Fraca, vamos confessar. A ideia até agradou, mas faltou o “tchan” a mais.
J. Lo, Pitbull e Claudia Milk: dublagem fail define.
Ainda sobre Milk: preferíamos Gaby Amarantos (é Claudia, desculpa).
Pitbull fazendo cosplay de Voldermot: 


Finalizando, sobre a abertura: não nos representa.

Antes da bola rolar: teve Kaká dando aquele apoio para os rapazes da seleção (Kaká que está mais bonito do que antes, diga-se de passagem).

(Créditos: Gazeta Esportiva)


O jogo em si:
Torcida cantando o hino nacional completo – lindo, arrepiante, emocionante e tudo mais.
Jogo tenso no início.
Desespero.
11 minutos: GOL! CONTRA! MARCELO! Poxa Marcelo, a gente queria que o primeiro gol fosse nosso, é claro, mas não contra né?

(Créditos: não sabemos qual site/pessoa creditar. A imagem já é meme)

Deu medo? Deu, mas ninguém precisava saber.
29 minutos: GOL! Neymar salvando a pátria (afinal, só cair não é suficiente) e empatando a bagaça. Amém!
Pênalti e GOL, Neymar (de novo). O coitado do juiz se perdeu, como diria Arnaldo, e quase foi violentado em campo pelos croatas.
Marcelo, além de fazer gol contra, só viveu no chão. Como apanhou o coitado.
No fim, teve GOL do Oscar, para o brasileiro ficar aliviado.


Brasil 3x1 Croácia. Quatro gols brasileiros na estreia da Copa. É mole ou quer mais? ;)

Finalizando com duas imagens que definem o povo brasileiro nessa estreia:

Antes:


      Depois:

(Comemora, presidenta, aproveita o jogo! E fica tranquila em relação à abertura. As greves, as manifestações e as vaias já anunciaram com qualidade o início de nossa copa do mundo.)

Essa foi nossa visão sobre o primeiro dia de Copa. Claro que tem uns exageros, umas bobagens e uma pitadinha de veneno, mas quem deve levar tudo a sério nessa vida? 
Amanhã tem mais Copa, tem mais futebol e provavelmente ainda essa semana, teremos mais bobagens aqui. Até lá! 



Apesar de parecer um post maldoso, não tínhamos a intenção de ofender ninguém. E sim, estamos todas com o Brasil!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Amor à distância no futebol: Botafogo.

Prometemos que o post seguinte não ia demorar muito, né? Mentimos, desculpa gente. Mas essa demora pode ser justificada, sabem como é vida de universitária? Então. E vida de universitária da UFRJ (Amanda) e do último ano de Psicologia (Vanessa)? Imaginem a loucura que foi esse fim de período. Enfim, quase um mês depois, cá estamos com a segunda rodada de relatos.
O segundo time a ter o relato de seus torcedores apaixonados aqui é o Botafogo (por motivos de: foi o segundo time que conseguimos receber todos os textos).
Desde já, agradecemos aos queridos que colaboraram e tiveram paciência para ver seus relatos aqui (desculpa a demora, gente). Mais uma vez, amamos conhecer um pouco mais sobre o amor de vocês pelo time de coração, mesmo sendo de tão longe.
Sem mais delongas, vamos aos relatos dos torcedores do Fogão!

Gabriel Belem, Toronto – Canadá.

 (Na foto, Gabriel e sua esposa)

"Meu nome e Gabriel, Moro em Toronto, e sou Botafoguense. Brinco que nasci Botafoguense, já que meu Bisavó era frequentador do clube na década de 30, meu avô e Pai são Botafoguenses doentes, e o meu primeiro presente ainda quando bebe foi uma camisa do Botafogo. Minha conexão com o Alvinegro começou em 1989, quando vi o Botafogo ser campeão pela primeira vez. Há uma história típica de Botafoguense nesse título. O jogo com o Flamengo vinha difícil, até que meu irmão na época com 4 anos acordou e veio para sala para se deitar ao lado da gente. Eis que o Botafogo imediatamente marcaria com Mauricio. Meu Pai como bom supersticioso, não mais deixou meu irmão sair da sala até o fim do jogo e o menino morrendo de sono não poderia voltar a cama. E deu certo!
Não poder ir ao estádio é bastante difícil morando tão longe. A principal dificuldade quando aqui cheguei era conseguir assistir os jogos. Como na época em que cheguei não tinha tanto acesso na internet acompanhava o jogo pura e simplesmente na base dos notícias dos portais de esporte. Era bem complicado. Hoje com a melhora na tecnologia posso ver todos os jogos do Botafogo pela internet.
 Morar longe não muda a paixão clubista. Moro longe mas vivo o Botafogo, acompanhando notícias sobre o clube quase que de hora em hora, vendo jogos, entrevistas e analises com frequência e converso com familiares e amigos diariamente sobre o Botafogo, então a grande ausência e a ida ao estádio.
Como aqui no Canadá o Futebol não é o principal esporte, não há como haver rivalidade clubista. Meus amigos próximos trocem para Arsenal, Benfica, Manchester enfim... são poucos que torcem para clubes Brasileiros, portanto não há rivalidade.
O Botafogo e um clube conhecido no Mundo todo, e falo isso porque tenho experiência nisso. Certa vez ia ao supermercado e resolvi usar a camisa do Botafogo. Não dei dois passos adentro, e um americano de longe começou a dizer... Butafooogo... Garrincha...Conversamos por 5 minutos e sua felicidade de falar do Botafogo foi impressionante, seu conhecimento e admiração chamaram muito a atenção.
Não tenho planos de voltar ao Brasil, mas gostaria muito de ao visitar o Rio voltar ao Maracanã e rever o Botafogo ao vivo no estádio.
Em relação a sonhos, confesso que ter o Botafogo na minha vida e um sonho realizado. O dia a dia alvinegro me traz alegrias e perspectivas. Se pudesse sonhar e escolher algo a realizar seria voltar ao Maracanã, coisa que não faço a pelo menos 20 anos."

Laís Mady, Manaus - Amazonas.

(Foto no Teatro Amazonas, um dos cartões postais da cidade de Manaus e arrisco a dizer que é um dos mais lindos do Mundo, construído durante o ciclo da borracha e inaugurado em 1896.)

"Ser Botafoguense é amar, acreditar, ter fé. Em uma das músicas que cantamos nos estádios, tem o seguinte verso “não escolho, fui escolhido”, nós somos assim, escolhidos, abençoados, por essa estrela solitária que carregamos no peito. Ser botafoguense e ser supersticioso é quase uma lei.
Lembro-me do Brasileirão de 2009, Botafogo precisava ganhar ou ganhar, na última rodada, foi o ano em que o Palmeiras decolou e ficou isolado na ponta por muito tempo e nas últimas rodadas foi perdendo posição. Ou seja, vitória para o Palmeiras era sinônimo de libertadores e vitória para o Botafogo permanecia na série A. Fiz promessa, assisti o jogo de joelhos. Existe explicação? Ser Botafoguense não tem definição, só quem vive essa paixão sabe o quanto somos fieis e leais a essa estrela que nos ilumina sempre.
A minha história se misturou com a do Botafogo logo que eu nasci, meu pai, apesar de ser turco, veio morar no Brasil muito jovem, ao chegar no Rio de Janeiro, se encantou pelo país, cidade e principalmente pelo Botafogo, assim que eu nasci, fui presenteada com correntinhas, roupas e ao longo da minha vida sempre foi assim, meu pai sempre fez questão de me incentivar a gostar de futebol, como ele sempre trabalha bastante, esse é o momento de ficarmos juntos. A paixão aumentou quando comecei a ir a jogos, é uma vibração e emoção sem igual, abraços de pessoas que você nunca viu na vida, choros de felicidade (alguns de tristeza também, confesso), mas acima de tudo, um amor sem igual. Conheci General Severiano, e percebi o quanto o Botafogo foi importante para a seleção brasileira, vários títulos, vários ídolos, uma viagem no tempo. Apesar de todo esse amor, é muito difícil morar longe do Rio e não poder ir aos jogos com frequência (moro em Manaus), recentemente estive na cidade maravilhosa e fui a estreia (e que estreia!!!!) do Emerson Sheik. Gritei bastante, sai do Maraca rouca, voz zerada e um empate com sabor de vitória.
Aqui em Manaus, atualmente o futebol não é valorizado, o Nacional já jogou a série A do Brasileirão, existe muita torcida para times de diferentes lugares do Brasil. Com a nova arena que foi construída para a copa do mundo, espero que os times também tenham algum incentivo/patrocínio para que o futebol volte a brilhar no estado do Amazonas.
Já fiz intercambio para Vancouver no Canada, -4h do horário de Brasília, acompanhar os jogos era meio difícil, mas sempre fazia um esforço, procurava um link (que são bem ruins) ou acompanhava por twitter com amigos e perfis destinado a informações do Glorioso.
Eu amo o Rio de Janeiro, é uma cidade fantástica, apesar de tudo que sempre é dito. Gosto de viajar para assistir jogos, mas não tenho a vontade de morar, tenho uma vida acadêmica e profissional muito vantajosa aqui, mas procuro sempre bons jogos para viajar e assistir.
O meu maior sonho com o Botafogo, é ver o time brilhar novamente, daquele jeito diferente, como era com Nilton Santos, Garrincha, Heleno e uma frase que o mesmo disse e ficou muito conhecida é: “O meu Botafogo não é lugar para covardes” é muito usada por nós, torcedores, que estamos cansados de gestões ruins, amadorismo e falhas ridículas de planejamento, o Botafogo não merece o que está sendo feito com ele, um time tão importante e de história rica. Quero meu Glorioso cada vez mais conquistando títulos.
E sim, o Botafogo tem torcida, uma torcida apaixonada. Uma torcida com uma estrela solitária no peito que sempre brilhará, não importa onde esteja, uma vez Botafoguense, sempre Botafoguense. Nós fomos escolhidos!"

Andrew Black, Wellington – Nova Zelândia.

 (Na foto, Andrew e Marina, sua namorada, em 2007)

Sou da Nova Zelândia, um pais onde rugbi e o esporte preferido. Temos só um clube profissional de futebol no pais!! Imagina isso pro um Brasileiro deve ser doido pensar que um pais como nosso não tem um campeonato profissional.
Tudo mudou pra mim quando eu fiz um intercambio no Brasil e estudei na PUC-RIO. Tinha torcedores do Fla e Vasco querendo eu escolher o time deles. Não queria ser torcedor do maior time, parece que todo estrangeiro vai pro Rio e volta torcedor do Flamengo. Eu morava em Copa perto da Vila Isabel então frequentava Rio Sul Shopping perto do General Severiano. Minha namorada e Flamenguista mas não tinha jeito eu escolhi Botafogo ou fui escolhido? Tinha o time de 2006 -2007 que me encantou com Dodo, Lucio Flavio e Jorge Henrique, também gostava muito do uniforme simples, alvinegro com uma estrela sem mais nada, perfeito.
Moro muito muito muito longe!! O fuso horário não é ideal pra eu assistir aos jogos. Normalmente começa as 7 horas de manhã numa segunda feira... ou durante a semana as 1400. Tá difícil mas as vezes eu consigo acompanhar um jogo, eu faço ou máximo pra conseguir, já fiquei "doente" pra assistir em casa algumas vezes.
Me sinto orgulhoso de ser parte de uma nação, de ter uma identidade maior com o povo brasileiro e Botafoguense. E muito bom conversar sobre nosso glorioso, eu adoro História e agora conheço muito bem Botafogo. Eu fiz uma palestra em 2010 pra Embaixada do Brasil aqui em Wellington sobre futebol brasileiro, ficou bom demais. Eu lembro Brasileiros não pelos nomes, mas pelos clubes com quem torcem.
Brasileiros ficam chocados quando eu falo qual e o meu time. Botafogo é um time de tradição mas que sofreu nos últimos anos. Botafogo ainda vai voltar ser como era antes, apesar das dificuldades estamos subindo cada ano.
Minha mulher e eu temos planos pra um dia voltar ao Brasil pra morar um pouco, quem sabe 2 ou 3 anos, claro eu adoraria morar perto do Engenhão pra poder acompanhar o time. Fui pra inauguração do Engenhão e outros jogos marcantes, aquele jogo que Ana Paula Oliveira garfou Botafogo contra Figueirense na Copa do Brasil, dos 14 jogos que eu tenho visto no estádio só perdi um contra Vasco.
Um sonho meu seria acompanhar um treino no General Severiano ou conhecer os jogadores, conversar com eles. Ver um jogo na libertadores (infelizmente não vai acontecer em 2014…) O túnel de tempo também seria bom visitar e a casarão com os troféus.
Enfim, Botafogo virou uma coisa muito importante na minha vida. Sinto as derrotas e festejo as vitorias. Sacaneio meus amigos e recebo a mesma coisa. E bom demais ser do Fogão!


Fox Mulder, Chile.

(foto no estádio Santa Laura do Santiago, tirada pelo repórter do Lancenet)

"Oi, sou um torcedor doente pelo Botafogo F.R., o incrível desta história é que não sou brasileiro, sou chileno, nasci no Rancagua, a 100 km ao sul da capital Santiago, joguei inclusive pelo O’higgins campeão chileno do futebol este ano, nas divisões da base, hoje em dia não torço pro time chileno algum, só sou fiel ao meu Fogão querido.
Foi como uma predestinação, eu conhecia o clube pelo relatos de meu pai do Garrincha, sempre ficou na minha lembrança. Um dia, me encontrei com o time completo no Chile no Valparaiso, o equipe fazia uma pré-temporada ali, confraternizei com os jogadores e tudo, anos depois foi pro o Rio de férias e sim conhecer nada da cidade cai de frente no General Severiano, a sede do clube, e compreendi que tinha que ser um chamado divino. Fui escolhido! Assim é com botafoguense mesmo.
Hoje, pela distância, sofro por não poder acompanhar ao vivo dos jogos, sofrer junto com a torcida, não poder concorrer ao templo do Engenhão numa procissão quase espiritual e sentir a emoção coletiva num gol.
Ainda por cima pro mim é complicado torcer por um clube brasileiro, primeiro porque pertenço a uma cultura diferente, a um país diferente é isso me faz sentir sozinho, não tenho com quem compartir e dar pitacos da contingência do clube.
Todo dia no meu trabalho, tem os colegas e meus alunos (sou professor) fazem caretas quando falo que minha paixão é um clube Brasileiro. Mais ainda na mina cidade que tem um clube tão popular. Mas eu caminho com orgulho nas ruas com minha camisa alvinegra.
Não vai acreditar, mas o torcedor chileno não é tão passional como o torcedor brasileiro, mas eu aprendi da loucura de ser botafoguense e não me envergonho de saltar ou gritar quando veio a meu time nos jogos da sul-americana ou na libertadores num restaurante. As pessoas pensam que sou estrangeiro, é uma loucura mesmo.
Chile é um país muito tranquilo, seguro, o Rio é violento, algo conturbado, não sei se poderia morar lá para estar perto do Botafogo, mas já pensei nisso, no Bairro Botafogo tive olhando apartamentos rs.  Vou quando posso ao Rio sim, de férias e aproveito para ver o meu Botafogo querido quando tem jogo. Mas sempre sinto saudades da estrela solitária.
Meu sonho é ser campeão Brasileiro, da Libertadores, do mundo…eu viajaria ao fim do mundo se o Botafogo chegasse a uma final. Este ano tive o privilégio de viajar ao Santiago desde minha cidade Rancagua, pro ver o jogo da Libertadores contra Union Española. A torcida brasileira que acompanhou o time não acreditava ver um chileno xingando o clube chileno no estádio e torcendo pelo Fogão. Isso não tem preço."


~FIM~

Com a questão da Copa chegando (UHUL!), vamos avaliar se postaremos a próxima rodada de relatos antes ou depois do mundial. Até porque queremos comentar um pouco sobre o mesmo aqui nesse recinto, né? Também somos filhas de Deus! rs
Então até a próxima, que não demorará tanto assim (dessa vez é de verdade!).

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