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sábado, 15 de fevereiro de 2014

Preconceito, dentro e fora do campo.

Essa semana que passou tivemos um caso de racismo no futebol (mais um, infelizmente). Tinga, jogador do Cruzeiro, passou por uma situação bem desagradável durante o jogo contra o Real Garcilaso pela Libertadores, no Peru. Quando ele tocava na bola, os peruanos imitavam macacos.
Desagradável e deselegante: sim ou claro? Fica aqui a pergunta: e daí se ele é negro, amarelo, azul, verde ou roxo? Qual o direito uma pessoa tem de julgar outra por qualquer uma de suas características?
Essa não foi a primeira vez que cenas desse tipo se repetem no futebol (e acreditamos que não será a última. Não que a gente seja pessimista e não acredite na ~humanidade~, mas se esse tipo ~ridículo~ de pensamento não mudar rápido a situação vai continuar igual).

(Imagem: MKT Esportivo)

Outros casos de preconceito no esporte: Em 2011, Michael, meio de rede do Vôlei Futuro, foi chamado de “bicha” pela torcida do Sada Cruzeiro. Segundo o atleta, o estádio inteiro (torcida cruzeirense), até mulheres e crianças, se referiam a ele com gritos homofóbicos. E você acha que só quem faz isso é a torcida adversária? Não. No ano passado, o zagueiro brasileiro, Paulão, que atua no Betis da Espanha foi expulso após receber o segundo cartão amarelo, teve que ouvir a própria torcida imitando macacos e saiu de campo chorando. Exemplos não faltam, não conseguiríamos falar de todos e nem de todos os tipos.
 A torcida pode ser linda, incentivar e tudo mais, mas infelizmente existem algumas atitudes que conseguem nos deixar tristes. Deixando bem claro que não estamos generalizando e/ou dizendo algo do tipo “tá vendo como torcida é isso e aquilo outro?”. Pelo contrário, quem já leu nossos textos sabe o quanto curtimos e, em casos específicos, até nos identificamos com elas.
A maior questão nessa história toda é: sim, esse caso tá na mídia, foi amplamente divulgado, estamos todos fechados com o Tinga (hashtag que rolou nas redes sociais e mobilizou inúmeras pessoas pelo Brasil inteiro). Tudo bem, mas e as outras pessoas que sofrem preconceito todo dia? Claro que não é de uma forma tão nítida e perceptível como nesses casos que ocorrem no futebol e esportes em geral, mas todos os dias várias pessoas são olhadas de uma forma diferente, diminuídas e até ofendidas por conta de sua cor, opção sexual.
Acreditamos que essas situações no esporte apenas evidenciam o que ainda existe na nossa sociedade: preconceito e mais preconceito. Bora rever nossas atitudes? Às vezes nós mesmos estamos fechados com o Tinga e agimos na vida real com frases do tipo “não sou preconceituoso(a), mas...”. Chega de hipocrisia, pode ser? Será que é muito clichê dizer que cada um precisa fazer a sua parte e ser uma pessoa melhor pro mundo ser um lugar bom de se viver? É, deve ser clichê, mas não deixa de ser verdade.


Textinho diferente do nosso estilo mais informal e descontraído, mas reflete bem o que pensamos a respeito do tema. Interessante que nas férias nós duas conversamos sobre isso e nunca postamos nada aqui. Agora a oportunidade apareceu.

Por: Amanda Rezende e Vanessa Moura.

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